sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Woodstock: "Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música" - CURIOSIDADES!

Para saber mais:

“Aconteceu em Woodstock” do Diretor Ang Lee (Drama/Comédia – 2009)

“Woodstock: 3 dias de Paz, Amor e Música” do Diretor Michael Wadleight (Documentário – 1994)

Coleção “The Woodstock Experience” (CDS Sony Music – 2009)

Quem não foi:

  • O Led Zepellin foi convidado e os membros aceitaram, porém o empresário da banda, Peter Grant, achou que seriam apenas “mais uma banda” entre tantas e determinou que não participassem.
  • The Doors já havia confirmado, porém o vocalista Jim Morrison, numa crise de paranóia na qual achava que seria assassinado no palco, se recusou a tocar.
  • John Lennon teria dito que os Beatles só se apresentariam se a banda de Yoko Ono, Plastic Ono Band, tocasse também. Os organizadores do festival se recusaram.
  • The Jeff Beck Band não tocou pois a banda acabou uma semana antes.

Curiosidades:

· O festival foi organizado por Michael Lang, John P. Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld.

· O valor do ingresso era aproximadamente 18 dólares antecipados ou 24 dólares se comprados no dia.

· O Festival foi reeditado duas vezes: uma em 1994 com bandas como Aerosmith, Metallica, Green Day além de músicos que participaram do Festival de 1969, como Joe Cocker e Carlos Santana. A outra reedição aconteceu em 1999 e foi marcada por tumultos e violência.

· O Brasil tentou fazer suas próprias versões do Woodstock, que fracassaram. Uma delas em 1971, com o “Festival de Verão de Guarapari” e a outra em 1975 no “Festival de Àguas Claras”.

· A chuva fez muitos músicos tomarem choques em seus instrumentos e algumas guitarras queimaram.

· Houveram duas mortes confirmadas no evento: uma overdose de drogas e uma pessoa que morreu ao ser atropelada por um trator enquanto dormia.

· Há boatos sobre um aborto e uma terceira morte por apendicite.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O Contador de Histórias

Thiago Turbay Freiria
Contar histórias é uma tarefa mesmo curta, e não descarte a dificuldade, pois o que é curto, por certo, está resumido e deve concentrar mais esforço.
As histórias são as que nos impõe mais trabalho. Uma vez que o contador deve passar sua vivência depressa, e a publica diante dos seus olhos.
Percebam! Como foge a facilidade, o contador de histórias, quando verbaliza sua memória, deve imaginar como os olhos alheios a receberam. As pessoas que participaram da eventualidade são consumidas pelo contador, sem que tenham direito de imaginar por si.
Engraçado, contar história é uma atividade socializante, mas não democrática, com os próprios personagens. Assim encaro a dura tarefa política de um contador de histórias.
Com essa dura missão, contar a história de um contador de histórias é um trabalho duplo. O filme de Luiz Villaça conta a história de Roberto Carlos Ramos. A vida do narrador, o próprio Roberto, parece apropriada à tela.
Um belo figurino e a construção mágica nas alegorias dos personagens mistificam a razão real do narrador que fantasia sua vida para tirar a sombra das suas tragédias, que parece como voz ao fundo. Ao contar a própria história senti que ele intimidou-se com o cinema, ou deve o diretor ter lhe pago uma fonoaudióloga pouco sensível.
Toda a história vista pelos olhos do contador, e como ele as enxerga exclui a parte dos que foram ouvidos para a pesquisa do diretor, e o mesmo afirmou que o filme teve que adaptar-se às histórias de Roberto, como é todo filme tirado da realidade.
Com extrema justiça a sensibilidade pedagógica do personagem principal aparece em bons recortes. As cenas da infância extrapolam na baixa repercussão das falas, usando muito o silêncio para quem conta histórias usando a voz. O áudio parece caduco, às vezes, colocado baixo ou atrasado.
Com toda essa evidência o filme percorre o ajuste da vida difícil de Roberto Carlos Ramos, mesma pela publicidade do narrador, que está entre os dez melhores contadores de histórias do mundo, segundo o filme. As cenas finais com o próprio Roberto justificam a magnífica ideia do filme.